Dezembro de 2000
Perdido o Norte, simbólico e literal, o Porto, feito cemitério, rasgado por interesses estranhos e incapazes desmandos, caminha, manietado e impotente, para o novo milénio.
Dos pessimistas – Opus ou Loja que não é a nossa, como estas, aliás – dirão depois, lá para 2005, que são como o ancião do Restelo:
Que não tinham razão, que agora é que é: ruas novas, equipamentos à farta, até ópera temos todos os fins-de-semana!
E será, porventura, verdade.
E nas ruas desertas à noite, com painéis a cobrir as vitrinas das antigas lojas e restaurantes tradicionais, os frequentadores dos espectáculos contínua e ricamente subsididados pelas instituições, poderão, depois daqueles, rapidamente chegar aos centros comerciais e, hamburger engolido, assistir repousadamente a um dos últimos premiados de Holywood, exactamente com 7 óscares.
Tantos quantas as pragas que em simultâneo assolam a cidade do Porto, antes de 2001.
Boas Festas
(publicado n'O Progresso da Foz)
Perdido o Norte, simbólico e literal, o Porto, feito cemitério, rasgado por interesses estranhos e incapazes desmandos, caminha, manietado e impotente, para o novo milénio.
Dos pessimistas – Opus ou Loja que não é a nossa, como estas, aliás – dirão depois, lá para 2005, que são como o ancião do Restelo:
Que não tinham razão, que agora é que é: ruas novas, equipamentos à farta, até ópera temos todos os fins-de-semana!
E será, porventura, verdade.
E nas ruas desertas à noite, com painéis a cobrir as vitrinas das antigas lojas e restaurantes tradicionais, os frequentadores dos espectáculos contínua e ricamente subsididados pelas instituições, poderão, depois daqueles, rapidamente chegar aos centros comerciais e, hamburger engolido, assistir repousadamente a um dos últimos premiados de Holywood, exactamente com 7 óscares.
Tantos quantas as pragas que em simultâneo assolam a cidade do Porto, antes de 2001.
Boas Festas
(publicado n'O Progresso da Foz)
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