Desgostoso, dorido das pesadas — antes de ser homem, tudo é pesado — negativas da vida, ou então, místico, sonhador, com o virá e a felicidade entrelaçados num canto desgarrado com o murumar, planava pela vereda, marginal e despovoada.
Nunca prescindi da ausência de outro, vital, primária; desde que sou convive em mim com a paixão do encontro, do reconhecimento no conjunto, da apetência do reparo. Escrevo agora porque me esqueci — escreve-se porque o momento passou-se, torna-se hoje por traição —, meus braços, saudosos desse universal amplexo em que tudo era próximo, possível e ridente. Cada burgo se redescobria, e as conchas, e enormes rochas, e as histórias de mar e marinheiros e pescadores, o Gilreu, a barra: «Que lindo que isto é!».
Transbordava de algo que retesava o coração, apertava a garganta, o que era?, saudades?, de quê, se não vivera ainda? Prenúncio? Maledição? Ou ser... só?
7 de Junho de 1995
F. Ligure
Nunca prescindi da ausência de outro, vital, primária; desde que sou convive em mim com a paixão do encontro, do reconhecimento no conjunto, da apetência do reparo. Escrevo agora porque me esqueci — escreve-se porque o momento passou-se, torna-se hoje por traição —, meus braços, saudosos desse universal amplexo em que tudo era próximo, possível e ridente. Cada burgo se redescobria, e as conchas, e enormes rochas, e as histórias de mar e marinheiros e pescadores, o Gilreu, a barra: «Que lindo que isto é!».
Transbordava de algo que retesava o coração, apertava a garganta, o que era?, saudades?, de quê, se não vivera ainda? Prenúncio? Maledição? Ou ser... só?
7 de Junho de 1995
F. Ligure
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