2 de outubro de 2017
Catalunha e o nacionalismo
Falsa oposição: o internacionalismo e o federalismo são conceitos que se adoptam ou não. Eu adopto! O nacionalismo vem de dentro, dos nossos Pais e da nossa comunidade, da nossa língua e da nossa cultura. Pode renegar-se, claro, e isso tem nome. Eu sou nacionalista português, europeísta e defendo uma Europa Federal e um reforço dos poderes das Nações Unidas no mundo, sobretudo no armamento.
E na Catalunha a questão não é República ou Monarquia, "esquerda" ou "direita", a questão é Liberdade. Contra o direito dos Catalães estão franquistas, PP's, o PSOE ("irmão" do nosso PS), muita "direita" e muita "esquerda" e extremas dos dois lados. Uns, porque é é "extrema-esquerda" que manipula", outros, porque é "a rica burguesia" que quer mais lucro, outros, porque são "internacionalistas", outros ainda porque nem sequer sabem distinguir um Estado de uma Nação.
Pelo direito a exprimir por voto o seu desejo estão Catalães.
Contra uma nação com um bom nível de vida para trabalhadores, com uma sólida burguesia, com um povo letrado e esclarecido, o governo manda a polícia e tropa. Não lhes vale de nada! Mesmo sem referendo, se por acaso..., como vai governar Madrid milhões (mesmo que não maioritários) de cidadãos que não aceitam esse mando e essa imposição? O "referendo" passa, mas a revolta continua.
Que faz Filipe VI? Cala-se, esconde-se, mas também não pode dizer muito porque não fala catalão, uma da línguas do país onde reina.
Longe vai o tempo em que alguns monarcas e imperadores - valha-lhe isso - se colocavam em posição equidistante das nações que governavam e procuravam, pelo menos em alianças, respeitar as diferenças e sensibilidades do seu país.
Os catalães dão uma lição ao mundo: contra matracas e balas de borracha, a serenidade de um grande povo.
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