Ser penedo é ser por fora o que se é por dentro (Teixeira de Pascoaes)
... é como ser transparente.

13 de novembro de 2014

MONASTERIO DE SOBRADO DOS MONXES, herança nossa.

Sobre:
http://www.galiciaenteira.com/monasterio-de-sobrado-dos-monxes/
ou
https://www.facebook.com/marta.lira.16/posts/10152390856311957?comment_id=10152390856396957


… e por este mosteiro se chega a Bermudo Peres de Trava, da poderosa família galaica (da Galiza que vai até ao Mondego, por isso família “nossa” também), que teve domínios no que viria a ser Portugal (1143, pelo Tratado de Zamora), tendo tido domínios pelas Beiras (Viseu e pela Serra da Estrela).
O seu irmão, o conde Fernão Peres de Trava, foi depreciado pela escola histórica “nacionaleira” portuguesa, que o apresentou como “o galego amante de D. Teresa”, mãe de Afonso Henriques, e partidário anti-independência portuguesa.
Arrumando com a questão do “amante” e do galego, diremos que D. Teresa era viúva na altura e que era galega, como galego nasceu o primeiro rei de Portugal, e como galegos (galego-portucalenses, se quiserem) eram todos os que passaram a ser “portugueses”.
Quanto à “traição” de Fernão Peres de Trava cai pela base. As lutas eram constantes entre interesses e senhorios e só assim se compreende a luta entre Afonso e a sua mãe Teresa. Nenhum deles possuía uma consciência nacional, como hoje a sentimos, quer de natureza “portuguesa”, quer de fidelidade ao Reino chamado de Leão, de fala galega. Fernão, aliás, é referenciado (em Mattoso, por exemplo) como tendo voltado à corte portuguesa e colaborado com o reino nascente.
Portanto, cara Amara Castro Cid, muito obrigado pelo excelente artigo que nos traz de volta um mosteiro que também é “meu”… tanto como Alcobaça ou S. João de Tarouca. E é “meu” porque quem o fundou e desenvolveu é da mesma estirpe, cultura e língua que a maior parte dos meus antepassados (às tantas de todos, mas não posso saber!).
E porque não organizamos uma visita a esse e outros mosteiros e afins para 2015?
Uma aperta.

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