Antes de mais pretendo ter à mão os textos que redigi sobre temas variados, aqueles que me tocam mais, que são os meus interesses, as minhas convicções, as minhas amizades.
Tenho consciência que o meu lado activista, de agente cultural interventivo, explica (e desculpa?) abordagens de conjuntura a certos assuntos, políticos sobretudo, mais apaixonados e que certas conclusões possam ter sido amplificadas, ainda que o sentimento de procura de justiça que as provoca seja genuíno. Claro é também para mim que alguns textos, um ou dois apenas e de intervenção, não os escreveria hoje da mesma forma, seriam mais dúcteis, não pela crescente hipocrisia e ironia barata da prática política de hoje, mas antes pela crescente certeza que os valores daquilo a que se chama "boa educação" e urbanidade são valores positivos e progressivos, com influência directa na evolução de um povo e um país (e se alguém não souber o que é "boa educação", pergunte a algum maduro agricultor ou operário, pois esses não têm dúvidas sobre em que consiste).
É claro que não posso manter um blogue interventivo – como decorreria da minha natureza metidiça – por razões objectivas, mas também porque duvido da eficácia da maioria deles, quando individuais, na construção de uma opinião cívica e cultural forte. De qualquer forma, encontrar parceiros para discutir e desenvolver os temas que são da minha preferência, e que alguns se encontram nas matérias que tratei até hoje, é também objectivo.
Incontornável foi o nome. Gilreu, esse rochedo sem mistério, sólido, presente mesmo quando se não vê, é ponto de referência geográfico desde que assomei pela primeira vez à janela da casa onde nasci. Transformá-lo em alusão, em amparo, em mito mesmo, foi coisa fácil. Sendo por dentro o que é por fora, tinha encontrado uma outra forma de transparência.
Enfim, o meu modelo, a minha procura!
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