Um minuto sós a sós com o espanto, a infame igualitária não desvanece: retorno, que cremos sempre precoce, ao pó primário, falência abrupta do alienante optimismo.
Não tem ideias, não envelhece, enruga-se em nós, força-nos a vir aqui egoisticamente recordar não a inapelável – a tua ! –– mas a nossa, a que nos espreita, aquela a que ansiamos escapar ingenuamente avançando no redil, rodando como o ponteiro, de alfa a alfa inexorável.
“Agita-se então em sonhos o mundo que não existe, e os mortos adquirem uma expressão que é a da minha própria alma. Se isto é ternura, a ternura é o que há de melhor no mundo ; se é saudade, a morte é o que há de melhor na vida.”
Não a saberemos afrontar como tu, mas, o que nos desassossega, é ela repetir a truculência connosco. Os nossos medos foram a tua dor; a nossa recordação, a ambição da irrepetibilidade.
A evocação, João, é - tudo bem pesado - também de nós próprios.
Afinal… sempre foi assim!
Tervuren, 16 de Janeiro de 2003
Não tem ideias, não envelhece, enruga-se em nós, força-nos a vir aqui egoisticamente recordar não a inapelável – a tua ! –– mas a nossa, a que nos espreita, aquela a que ansiamos escapar ingenuamente avançando no redil, rodando como o ponteiro, de alfa a alfa inexorável.
“Agita-se então em sonhos o mundo que não existe, e os mortos adquirem uma expressão que é a da minha própria alma. Se isto é ternura, a ternura é o que há de melhor no mundo ; se é saudade, a morte é o que há de melhor na vida.”
Não a saberemos afrontar como tu, mas, o que nos desassossega, é ela repetir a truculência connosco. Os nossos medos foram a tua dor; a nossa recordação, a ambição da irrepetibilidade.
A evocação, João, é - tudo bem pesado - também de nós próprios.
Afinal… sempre foi assim!
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